SeABD Informativo

Este é um boletim informativo da Seção de Acesso às Bases de Dados da Biblioteca Comunitária da UFSCar, que contém notícias interessantes relacionadas a produtos e serviços oferecidos pela SeABD/BCo/UFSCar

Equipe SeABD

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Caçador de plágios

30/1/2008
Agência FAPESP – Plagiar artigos científicos é uma prática que pode estar com os dias contados. Pelo menos se depender da novidade que vem do Centro Médico da Universidade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos.
O grupo liderado pelo professor Harold Gardner desenvolveu um programa de computador que compara múltiplos documentos em bases de dados em busca de semelhanças no conteúdo. O software Etblast identifica a duplicação de palavras-chave e compara a proximidade e o encadeamento de palavras, entre outras variáveis.
A novidade oferece um método eficiente e rápido para conduzir buscas na literatura científica e permite aos editores de revistas identificar a ocorrência de práticas questionáveis de publicação. A ferramenta também é útil para pesquisadores que desejam verificar se e quando o tema do projeto em que estão trabalhando foi objeto de publicações anteriores, não apenas para ampliar o conhecimento, mas também para identificar possíveis colaboradores.
No desenvolvimento do Etblast, o grupo de Garner inicialmente usou o sistema para analisar mais de 62 mil textos publicados nos últimos 12 anos e disponíveis na base Medline, uma das principais na área médica. O software identificou que 0,04% dos textos com autores diferentes eram altamente semelhantes, em casos potenciais de plágio.
O número pode parecer significante, mas em uma base com 17 milhões de artigos representa cerca de 7 mil textos. O programa também identificou que 1,35% dos artigos com um ou mais autores iguais eram suficientemente semelhantes para serem considerados como publicações duplicadas dos mesmos dados, outra prática questionável. Os resultados foram descritos na edição de 15 de janeiro da revista Bioinformatics.
Na segunda fase do desenvolvimento, cujos resultados estão em comentário na edição de 24 de janeiro da Nature, o software foi aperfeiçoado e ganhou mais velocidade, tornando-se milhares de vezes mais rápido. Uma análise de 7 milhões de textos na Medline resultou em quase 70 mil artigos semelhantes.
"O plágio é a mais extrema e nefasta forma de publicação, mas submeter simultaneamente os mesmos resultados de pesquisas a diversos veículos ou repetir a publicação dos mesmos dados também podem ser considerados inaceitáveis em muitas circunstâncias", disse Garner.
Mas o pesquisador lembra que, em relação a publicações repetidas, há algumas formas que podem ter valor para a comunidade científica. Um exemplo são atualizações dos progressos de estudos de longo prazo ou de análises longitudinais, que freqüentemente contêm reproduções literais de partes do texto original.
"Com nossa ferramenta, conseguimos identificar publicações semelhantes, mas nem o computador nem nós mesmos somos capazes de julgar se um artigo é um plágio. Essa tarefa cabe aos revisores, como os editores de publicações ou comitês de éticas das universidades, que são os grupos responsáveis para a determinação da legitimidade", destacou Garner.
O pesquisador espera que o software possa ajudar a diminuir as práticas questionáveis na publicação científica. "À medida que ferramentas como o Etblast se tornarem mais conhecidas e usadas pelos editores e revisores durante o processo de submissão dos artigos, esperamos que o número de duplicações potenciais diminua consideravelmente", disse.
O comentário A tale of two citations, de Mounir Errami e Harold Garner, pode ser lido por assinantes da Nature em http://www.nature.com/.

O mito de Sísifo e o Portal da Capes

"Assim também nós, cientistas brasileiros, parecemos eternamentecondenados a cada ano ter que resolver questões que poderiam ter soluçõesmais duradouras" Luiz Eugênio Mello é presidente da Federação de Sociedade de BiologiaExperimental. Artigo enviado pelo autor ao "JC e-mail": A comunidade científica acaba de comemorar a renovação do acesso aoPortal de Periódicos, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento dePessoal de Nível Superior (Capes/MEC). Este instrumento fundamental para apesquisa e desenvolvimento cientifico e tecnológico do país é por muitosdado como uma certeza. Para o núcleo da comunidade cientifica seusbenefícios são tão evidentes que sequer se cogita um Brasil sem acesso aeste recurso. O Portal dá acesso livre e gratuito a mais de 11 mil revistas
nacionais e internacionais para cerca de 160 instituições de pesquisa.Realidade bastante diferente de 15 anos atrás quando o acesso a coleções eraainda em papel, além das longas horas de espera por uma fotocópia ou semanasentre a solicitação da separata e sua remessa pelo correio. Essa certeza na renovação do acesso, por outro lado, só a tem aquelesque desconhecem os escuros corredores de Brasília e, sobretudo, a estreitezada sempre famigerada área econômica. Assim, todos os anos, desde sua criaçãoem 2000, o Portal de Periódicos da Capes passa pela ameaça dedescontinuidade. É certo que todos e quaisquer investimentos devam ser avaliados deforma rotineira e assim definida sua manutenção ou extinção. Entretanto,imaginemos um estudante que tivesse a cada ano fazer um novo vestibular paradefinir se permanece na universidade ou é substituído por um outro. Oabsurdo dessa situação é em tudo análogo ao absurdo de termos que, a cadaano, ao invés de uma contratação duradoura, ter que renovar a vigência doPortal. Seria possível vivermos sem este recurso? O movimento pelo acessolivre (o Portal representa o acesso às coleções pagas) é certamente umainiciativa louvável e merece todo o apoio. Mas o mundo é ainda dominado peloacesso pago que representa a expressiva maioria das coleções de periódicos. Caso o Brasil oferecesse exclusivamente o acesso às publicações dedomínio público (acesso livre) e, portanto, não pudéssemos contar com oacesso pago (como o mediado pelo Portal), teríamos em nosso país uma ciêncialimitada. A base da ciência de qualidade definida pelo amplo acesso ainformação ficaria gravemente comprometida. Faríamos ciência de terceiro mundo e não a ciência que almejamos, dealta qualidade, relevância e significado. Por isso tudo, devemos saudar a
renovação do Portal de Periódicos pela Capes. Mas, este Portal nos atende? Certamente ajuda muito. Mas é lamentávelque não seja maior. Por que não podemos acessar fascículos publicados hámais de 10 anos? A limitação do acesso às coleções em termos do tempopoderia ser minorada. Isto tem um custo? Certamente tem. Mas o governopoderia definir de fato que dá prioridade ao investimento em C&T e investirde fato nos instrumentos que importam para esse fim.

Fonte: Jornal da Ciência Online
Luiz Eugênio Mello
URL: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=53416

TV LIVRO

O Grupo Scortecci e seus parceiros estão inaugurando a TV LIVRO. A proposta é postar e produzir vídeos na Internet sobre autores, livros, leitura e literatura. Uma equipe de estagiários da USP, Mackenzie (Jornalismo) e Cásper Líbero (Rádio e TV) está à frente do projeto sob a coordenação do portal AMIGOS DO LIVRO."O grupo foi selecionado entre 152 candidatos", explica João Scortecci, idealizador do projeto, editor do portal e Diretor-Presidente do grupo. "Estamos também montando um pequeno estúdio para produção dos vídeos. A idéia é "convocar o autor, a leitura e o mercado editorial para o debate sobre livro e cultura.” , conclui. A TV LIVRO já está no ar operando para "testes" e sua inauguração está prevista para o início de novembro de 2007. O espaço é livre e democrático desde que o assunto seja “o livro”. Aberta para autores, editoras, livrarias, academias de letras, grupos literários e entidades culturais, a TV LIVRO espera a sua visita.
Acesse o portal ou escreva para: tvlivro@tvlivro.com.br.

Pioneirismo em biblioteca virtual

Rosaly é homenageada por sua trajetória profissional e contribuição na criação do ProBE, biblioteca eletrônica de periódicos científicos internacionais que foi incorporada ao Portal de Periódicos da Capes

Agência FAPESP – A importância do trabalho de Rosaly Fávero Krzyzanowski, coordenadora da Biblioteca Virtual do Centro de Documentação e Informação da FAPESP (BV-CDi), foi o motivo da homenagem prestada no 2º Seminário de Consórcios de Bibliotecas Ítalo-Ibero-Latino-Americanas (Scbiila), que termina nesta quinta-feira (13/9), em São Paulo.
De acordo com uma das organizadoras do encontro, Elenara Chaves de Almeida, coordenadora de acesso à informação científica e tecnológica do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), trata-se de uma honraria mais do que merecida, uma vez que o próprio Portal de Periódicos foi implementado com boa parte do know-how do Programa Biblioteca Eletrônica (ProBE), da FAPESP, que foi lançado em 1999 com coordenação operacional de Rosaly.
"Decidimos homenageá-la pela preciosa contribuição para o avanço da ciência da informação. O nascimento do Portal de Periódicos da Capes sempre teve o apoio decisivo dela, especialmente enquanto era coordenadora do ProBE", disse Elenara à Agência FAPESP.
"Com toda a experiência adquirida na criação do ProBE, no início da aquisição das coleções que hoje estão no Portal de Periódicos, Rosaly nos ajudou em negociações importantes com as principais editoras do mundo. Por ser precursora dos consórcios de bibliotecas eletrônicas no país, ela nos mostrou os melhores caminhos", lembrou Elenara.
O ProBE é uma biblioteca virtual de artigos de periódicos científicos internacionais que foi incorporada ao Portal de Periódicos da Capes quando esse foi criado, em 2001, com o objetivo de democratizar o acesso a publicações científicas e tecnológicas de excelência produzidas mundialmente.
"Desconhecia a homenagem, que foi uma surpresa muito gratificante. Logo após a abertura do Scbiila foi realizada uma pausa em que foram passados vários slides sobre a evolução da minha trajetória profissional. Eu não estava sabendo de nada e fiquei muito emocionada. É importante saber que o pioneirismo do ProBE foi reconhecido por profissionais de outros países", disse Rosaly.
Rosaly é membro do Conselho Consultivo do Portal de Periódicos da Capes e auxilia na escolha dos conteúdos e no relacionamento com editores de periódicos científicos internacionais. É membro da Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec) e do comitê científico do Portal Revcom (Revistas Eletrônicas de Ciências da Comunicação).
Também presta assessoria ao Consórcio de Periódicos Eletrônicos (Copere), que está em fase de implementação pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de São Paulo (Senac) e abrigará coleções de universidades particulares brasileiras que não têm acesso ao Portal de Periódicos da Capes.
Rosaly é bibliotecária e especialista na área de ciência e informação pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (USP). De 1972 a 1983, foi diretora técnica na Faculdade de Odontologia da USP, quando criou a Rede Nacional de Informação em Saúde Oral. De 1984 a 1993, foi diretora da Divisão de Bibliotecas do Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP. Foi diretora do mesmo departamento de 1994 a 1999. Foi coordenadora do ProBE de 1999 a 2003, quando tornou-se responsável pela implantação do Centro de Documentação e Informação da FAPESP.
O Seminário de Consórcios de Bibliotecas Ítalo-Ibero-Latino-Americanas (Scbiila) reúne representantes de consórcios de bibliotecas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Espanha, Itália, México, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela.
O objetivo é refletir sobre as políticas de acesso aos conteúdos das bibliotecas virtuais adotadas pelos países de língua neolatina, além de analisar as tecnologias empregadas na infra-estrutura física de compartilhamento das informações. O seminário tem apoio da Capes, do Senac, da FAPESP e do Ministério da Educação.

Mais informações: www1.sp.senac.br/hotsites/cas/scbiila



Por Thiago Romero

Biblioteca tipo Wikipédia está sendo criada na internet

Projeto nos EUA quer contribuição de internautas; críticos estão céticos.
Giles Turnbull - BBC
1 de agosto de 2007

WASHINGTON - Um projeto ambicioso para criar um catálogo na internet com todos os livros publicados em todas as línguas - Open Library (Biblioteca Aberta, em tradução livre) - está em andamento nos Estados Unidos. Os livros a serem incluídos vão desde o Alcorão e clássicos da língua inglesa como As Aventuras de Huckleberry Finn, à moderna série de obras sobre Harry Potter. Para o chefe da equipe técnica por trás da Open Library, Aaron Swartz, todos os livros já publicados perecisam de uma página na internet, um pouco como uma homepage pessoal. "Neste momento, se você quiser acessar um livro na rede de computadores, o principal lugar onde as pessoas vão é a Amazon (livraria online). É ruim que um site comercial seja a fonte definitiva para informações sobre livros na internet, então nós queremos ter um site que junte informações de editoras comerciais, críticos, leitores, bibliotecas, de toda a parte", disse ele. "O site vai se tornar o lugar onde se pode encontrar livros interessantes e informações sobre eles, quer estejam sendo reeditados, fora de catálogo, ou o que seja." Uma biblioteca assim tem que ser virtual. Nenhum prédio seria grande o suficiente para abrigar todos os livros, nenhum grupo ou governo teria recursos suficientes para construí-lo, ou empregar o número necessário de funcionários. Se a Open Library der certo, tem que ser um espaço virtual, e acessível para todos, como a Wikipédia. Há alguns anos, a idéia de que pessoas em todo o mundo escrevessem sua própria enciclopédia seria loucura - mas isto não impediu que os fundadores da Wikipédia tocassem o projeto, que acabou sendo um dos mais bem sucedidos na rede de computadores nos últimos anos. Para dar a partida no projeto, a Open Library está pedindo a outras bibliotecas que doem seus catálogos. Só isto já apresenta grandes desafios técnicos, pois as informações são armazenadas em formatos e línguas diferentes, e podem vir com suas próprias especificidades, repetições e erros. O que é importante é manter as informações de uma forma estruturada, para que o banco de dados nos bastidores saiba a diferença entre um autor, um título e uma editora. "Nós tínhamos que criar este novo tipo de programa de wiki, o que era um desafio empolgante, porque é preciso implantá-lo para que ao invés de só ter um tipo de página que as pessoas possam editar, possamos ter tipos diferentes." "As pessoas podem editar autores, livros, páginas de texto, e assim por diante. Então há muita coisa nova que precisamos criar. E esta é só a infraestrutura - há ainda muitas coisas para agregar, e dados sobre livros para reunir e organizar para pesquisa." Se as especificações sobre direitos autorais permitirem, haverá uma cópia do livro para download, ou links para cópias do livro em outros locais (tais como o Projeto Gutenberg para digitalizar trabalhos culturais). Por enquanto os recursos para ele vem do Arquivo de Internet, um outro projeto sem fins lucrativos que têm o simples objetivo de manter cópias na rede de computadores para as futuras gerações. Mas a Open Library vai depender de doações em algum momento, e de uma porcentagem na venda de livros de grandes livrarias online. A obtenção de recursos será mais importante diante da competição comercial. O Projeto de Biblioteca do Google, parte do serviço de busca de livros Google Book Search, tem objetivos semelhantes. Naturalmente, o Google tem seus próprios interesses comerciais para proteger e investir neles. A abordagem da Open Library é oposta, com seu compromisso de máxima liberdade de informações, permitindo não apenas que qualquer pessoa navegue pelo site, faça busca e leia livros em seu catálogo, mas que também possam reescrever o próprio catálogo no caminho. Mas a famosa Biblioteca Britânica em Londres está cética. Stephen Bury, diretor de Coleções Européias e Americanas da instituição, disse: "No curto prazo, eu não acho que vamos mandar a eles uma cópia do nosso catálogo. Nossos recursos são limitados e nós precisamos concentrar nossos esforços em nossos próprios projetos de digitalização." "Nós sempre apoiamos a digitalização, e quanto mais, melhor. Mas há algum ceticismo sobre se um dia a Open Library pode se tornar um site comercial com anúncios e coisa assim." Bury não gosta da idéia de permitir que qualquer pessoa possa editar catálogos de bibliotecas. "Eu acho que é preciso um equilíbrio e algum nível de controle. Pode-se ter gente maliciosamente mudando coisas." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Notícias do futuro

Das análises já publicadas sobre o destino dos jornais diários impressos diantedo assédio que sofrem das novas formas de comunicação, nenhuma é mais relevantedo que a de Philip Meyer, professor da Universidade da Carolina do Norte, no livro "Os Jornais Podem Desaparecer?", agora lançado no Brasil. Meyer é uma pessoa que fez tudo no jornalismo: foi entregador de jornal, repórter, editor, dirigente corporativo da Knight Ridder, uma das maiores empresas de comunicação dos EUA, pesquisador e agora é professor. Quase tudo que ele escreve é comprovado estatisticamente. O impressionismo é reduzido ao mínimo indispensável. Meyer é duro com seus colegas. Uma de suas teses mais importantes é a de que o jornal não vende informação, mas influência. Se o seu poder de influenciar cresce, aumenta também o seu valor de mercado.


Qualidade da informação
O modelo de negócios que pode, segundo ele, garantir a sobrevivência dos jornais diários é fazer com que a qualidade da informação que eles publicam seja reconhecida pela opinião pública, a começar pelas elites da sociedade. "Um jornal influente terá leitores que confiam nele e, em conseqüência, ele valerá mais para os anunciantes".Meyer demonstra que há uma correlação positiva historicamente comprovada entre qualidade e sucesso comercial, embora ressalte não ser possível estabelecer com a mesma certeza o que causa o quê (se a qualidade resulta no sucesso ou provém dele). Sua análise acusa os administradores da maioria dos jornais americanos de terem respondido mal à crise provocada pelo avanço da internet no mercado de classificados e publicidade geral: em vez de investir mais na qualidade, comprometeram-na com cortes de custos e de pessoal nas redações. Com isso, cresceram os erros, caiu a confiança dos líderes de opinião (a começar pelas fontes dos próprios jornalistas, a quem Meyer confere um papel muito especial na avaliação social dos meios de comunicação), a credibilidade ficou em xeque. Meyer faz uma análise detalhada dos erros de 5.100 textos jornalísticos e de como eles foram encarados pelos leitores. Os erros que mais abalam a imagem do jornal não são aqueles que mais aparecem nas correções públicas que os jornais admitem (ou seja, os erros objetivos). São os erros subjetivos (decorrentes de má avaliação, contextualização equivocada, interpretação incorreta dos fatos, sensacionalismo, exagero, enviesamento) que minam a credibilidade. É muito pouco provável que os jornais diários impressos venham de fato a desaparecer, ao menos no futuro previsível. A história dos meios de comunicaçãode massa mostra que um veículo nunca some do mercado. O rádio sobreviveu à televisão, o teatro ao cinema. A questão é como os jornais querem subsistir, o quão socialmente relevantes eles querem ser para as próximas gerações. É nesse sentido que Meyer alerta ao final: "Para ter sucesso, é preciso encontrar um modo de conquistar, empacotar e vender a confiança que as antigas mídias estão abandonando voluntariamente por meio de sua estratégia de colheita". Se quiserem influir de fato na sociedade, os jornais terão de apostar na qualidade.

Folha de S. Paulo (por Carlos Eduardo Lins da Silva) - 04/08/2007

Inaugurada biblioteca monumental na China

Prédio inaugurado esta semana tem 80 mil metros quadrados, disponibilidade parareceber 2.900 leitores e capacidade para 12 milhões de livros; obra custou R$350 milhõesUma longo retângulo suspenso de 120 metros de comprimento em aço escovado evidro é a marca do novo prédio da Biblioteca Nacional da China [veja foto aolado]. Inaugurado nesta semana, o anexo que custou o equivalente a R$ 350milhões demonstra que obras de impacto continuam a mudar a paisagem mesmo apósa Olimpíada.A Biblioteca virou a terceira maior do mundo com a nova construção. O antigoprédio, que não pode sofrer reformas por ser patrimônio nacional, guarda ostesouros da instituição e só pode receber visitas de acadêmicos epesquisadores.O anexo é para o público geral -e feito para impressionar. Com 80 mil metrosquadrados, tem 2.900 assentos, 460 computadores e oferece acesso à internet semfio (wi-fi).Os usuários podem usar leitores de livros digitais em palmtops para acessar osmais de 200 mil gigabytes de arquivo digital da instituição.O teto do retângulo que abriga a Biblioteca Digital é de vidro, o que permite ouso de luz natural na maior parte do tempo. A base do prédio é em pedra -mas orevestimento interno da principal sala de leitura, de três andares, é demadeira, como nas antigas bibliotecas.O escritório de arquitetura alemão Engel e Zimmermann, que desenhou a obra apósvencer um concurso internacional, projetou um prédio para 12 milhões de livros,ainda que a biblioteca tenha sido aberta com 600 mil. "A obra tem a capacidadepara o crescimento da biblioteca nas próximas três décadas", diz obibliotecário-chefe, Zhan Furui.Literatura controladaNo último andar, que possui centenas de jornais e revistas para consulta, não háuma única publicação estrangeira. Também não há nenhum livro em inglês na nova
biblioteca."Os livros em inglês ficam no velho prédio, onde o acesso é restrito. Aqui, sóem chinês", diz o bibliotecário Li Bin. Apesar da modernidade, a novabiblioteca mantém a política de controle de informação cara ao PartidoComunista.São raros os locais de Pequim onde se encontram revistas estrangeiras. Quando háalguma reportagem crítica à China, os exemplares são recolhidos.Encomendas feitas à Amazon podem levar meses. Os pacotes são abertos pelocorreio, que apreende livros sensíveis. A censura proíbe livros que falem sobrea repressão na Praça da Paz Celestial ou no Tibete, sobre a seita Falun Gong ousobre direitos humanos.Livros que tratem de sexo e erotismo são proibidos e chamados de "poluiçãoespiritual". São os casos de obras que narram as aventuras sexuais de jovenschinesas, como "Shanghai Baby", "Beijing Doll" ou "Candy", e que virarambest-sellers no exterior.No ano passado, a autora Zhang Yihe liderou uma campanha pela internet, semsucesso, pelo fim à censura. Seus três livros, que contam o drama dos chinesesdurante a Revolução Cultural, são proibidos no país.O Escritório Geral de Imprensa e Publicações é responsável pela censura. A saídaé a produção e distribuição clandestina de livros - estima-se que 60% dos livrosque circulam na China sejam piratas. Calcula-se que haja cerca de 4.000 editorasclandestinas.

Fonte: Por Raul Juste Lores, de Pequim.
Folha de São Paulo, 18/09/2008

Google lança navegador de código aberto

por IT Web
01/09/2008

Com rumores ventilados desde 2006, navegador chega definitivamente para competir com o Internet Explorer.
Inicialmente chamado de Google Browser, o navegador de internet do Google foi confirmado nesta segunda-feira (01/09) sob a alcunha Google Chrome. No blog oficial da empresa, o post de Sundar Pichai, vice-presidente de gerenciamento de produto, e Linus Upson, diretor de engenharia, confirmam um rumor ventilado no Wall Street Journal nesta segunda-feira (01/09), mas que já existia desde 2006. "Porque estamos lançando o Chrome? Por que acreditamos que podemos adicionar valor aos usuários, e, ao mesmo tempo, ajudar a estimular a inovação na web", escrevem.O anúncio do aplicativo será feito simultaneamente em cem países, inclusive no Brasil, onde uma coletiva de imprensa foi antecipada de quarta-feira (03/09), para esta terça (02/09). A assessoria de imprensa do Google Brasil não quis comentar o assunto, mantendo mistério sobre o anúncio a ser feito durante a coletiva.
"Percebemos que a web tinha evoluído de páginas simples de texto para aplicações ricas e interativas, e que precisávamos repensar completamente o navegador. O que necessitávamos realmente não era só um navegador, mas também uma moderna plataforma para páginas web e aplicações, e foi isso que nos dispusemos a fazer", Pichai e Upson. Segundo eles, o desenvolvimento do Chrome foi feito a partir do zero. Em princípio, o navegador será lançado em versão beta para o Windows para "começar uma discussão mais ampla" e escutar dos usuários "o mais rápido possível". Versões para o Mac e para o Linux também estão sendo desenvolvidas. O aplicativo foi desenvolvido usando componentes do Apple WebKit e do Mozilla Firefox, além de outros projetos de código aberto, e estará equipado com o Google Gears, e o JavaScript Virtual Machine V8.No blog Google Blogoscoped, mais detalhes sobre o funcionamento do Chrome são dados. Entre eles estão abas especiais, que ao invés de ficar dentro da janela, embaixo da barra de endereço, ficam fora, como em um ficheiro. Com relação à segurança, o navegador permitirá janelas em modo "incognito" e "nada que ocorra nesta janela será gravado neste computador" - recursos batizados de InPrivate no Internet Explorer 8.


Fonte: IT Web
Disponível em: <http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=50981>.
Acesso em: 02 set 2008.

Fapesp lança nova plataforma para aprendizado eletrônico

12/8/2008
Por Thiago Romero

Agência Fapesp - O Programa Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada (Tidia) da FAPESP, acaba de lançar uma plataforma inovadora para aprendizado e colaboração científica destinada às instituições de ensino e pesquisa de todo o país, do ensino básico ao superior. Batizada como Ae, a plataforma eletrônica pode ser utilizada gratuitamente por professores, pesquisadores, estudantes e demais interessados no auxílio ao gerenciamento de cursos on-line, no suporte ao ensino presencial e à pesquisa colaborativa. A versão inicial do sistema, criada no âmbito do projeto Tidia Aprendizado Eletrônico (Ae), disponibiliza ferramentas de gerenciamento de cursos e projetos colaborativos, de repositório de informações e de interatividade entre os usuários."O objetivo de ensino e pesquisa da plataforma está na exploração, em um ambiente de aprendizagem eletrônica com fartura de banda, das características da internet avançada que facilitam grandemente a interação e a colaboração entre pesquisadores, docentes e estudantes", disse Wilson Vicente Ruggiero, coordenador geral do Tidia Ae, à Agência FAPESP. No âmbito das atividades de pesquisa colaborativa, Ruggiero, que é professor do Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), exemplifica uma aplicação da plataforma Ae."As ferramentas de aprendizado eletrônico da plataforma podem ser adaptadas para interações mais genéricas entre os usuários. Imaginemos cientistas de localidades distintas trabalhando à distância em qualquer área do conhecimento. Pelo Ae pode-se definir uma sessão de trabalho para o início de uma reunião, por exemplo, em que é possível entrar em uma sala virtual e escolher uma das cadeiras disponíveis na mesa do ambiente virtual", explicou.
Segundo ele, outro pesquisador, em outra parte do mundo, pode entrar na mesma sala de reunião e também se posicionar em um dos lugares da mesa para começar a dialogar com os companheiros, com o auxílio de recursos de voz, vídeo e compartilhamento de documentos."O ambiente oferece sensações próximas à realidade. Um colega que esteja sentado à minha esquerda escutará o som da minha voz vindo da direita dele, o que aumentará a sensação de presença, o potencial de interação e, conseqüentemente, a colaboração", disse o professor da Poli. Apesar da distância, nesse caso é possível elaborar, por meio de vídeos de alta resolução, um documento escrito por todos os participantes da reunião. "Os participantes podem escrever um documento em conjunto e fazer, em outra interface, rascunhos ou desenhos para explicar o que cada um está querendo dizer, como se todos estivessem sentados em uma mesa de reunião presencial", descreveu."Esse compartilhamento de dados e idéias em ambientes virtuais é conhecido como realidade aumentada. É a tecnologia aplicada para minimizar a barreira da distância", explicou Ruggiero.


Educação compartilhada
Do ponto de vista do ensino, no ambiente Ae o usuário pode manter um perfil pessoal, uma agenda compartilhada, delimitar e acompanhar o plano de estudos de uma disciplina ou o plano de atividades de um projeto, além de disponibilizar e compartilhar conteúdo didático e técnico. Os professores e monitores de um determinado curso podem ainda disponibilizar exercícios no ambiente virtual, recebê-los e corrigi-los, sendo que as notas de cada aluno podem ser disponibilizadas para consulta em uma espécie de boletim virtual. "Além de elaborar uma aula a distância, o professor consegue registrar uma aula presencial salvando no ambiente suas apresentações didáticas e arquivos de áudio e vídeo", disse Ruggiero. Segundo ele, o Ae pode ser integrado com as plataformas administrativas das instituições brasileiras para garantir maior sincronismo com os sistemas acadêmicos de ensino e aprendizagem."O educador consegue puxar os dados de uma determinada turma e criar um ambientede trabalho com todos os alunos matriculados na instituição, que automaticamente passam a ter acesso à nova disciplina no ambiente virtual", afirmou. Ruggiero destaca que à medida que iniciativas tecnológicas como o ambiente Ae começam a diminuir as distâncias entre produtores e disseminadores do conhecimento, aumenta o potencial de colaborações eficientes entre os pares e o efeito de escala no processo de aprendizagem passa a ser cada vez maior."Em um país continental como o Brasil, essas plataformas deverão contribuir para a maior distribuição do conhecimento no país, de modo a ter também enorme repercussão social. Na atual sociedade da informação em que o conhecimento é algo que deve ser perseguido continuamente pela população, o número de aprendizes é muito maior e transcende o número de alunos na escola. E só a tecnologia conseguirá suprir as necessidades de aprendizado em larguíssima escala", disse.


Do Brasil para o mundo
Outra novidade é que a plataforma Ae representa o Brasil na comunidade internacional de pesquisadores em aprendizagem eletrônica por ser membro do Global Learning Consortium, uma iniciativa do Sakai (www.proyectosakai.org), projeto que reúne cientistas de todo o mundo na área de ensino colaborativo."As ferramentas da plataforma Ae, desenvolvidas com código livre, estão em total sintonia com os padrões de interoperabilidade definidos internacionalmente para a área de aprendizado eletrônico, também podendo ser utilizadas em sistemas de outras partes do mundo", disse Ruggiero. Por outro lado, funcionalidades desenvolvidas por pesquisadores estrangeiros e que também seguem esses padrões podem ser adicionadas ao Ae, de modo a alavancar o esforço de desenvolvimento brasileiro em cima do esforço mundial, e vice-versa."Os códigos-fonte do Ae não foram criados para funcionar apenas em ambientes colaborativos específicos. Os padrões internacionais permitem a elaboração de uma conectividade combinada entre desenvolvedores de diferentes países", disseo coordenador do Projeto Tidia Ae, que reúne mais de 20 laboratórios paulistas e 150 pesquisadores de universidades do Estado de São Paulo. A primeira versão do ambiente Ae foi apresentada durante a 60ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em julho, em Campinas. "Qualquer instituição do país que desejar implantar a plataforma pode baixar o código fonte do Ae, instalá-los em seus servidores e usar o ambiente para fins de ensino e pesquisa", afirmou Ruggiero.
Para utilizar o sistema é preciso fazer o download em: http://tidia-ae.usp.br/download e acessar os tutorias no site: http://tidia-ae.usp.br.
É possível conhecer suas funcionalidades assistindo a um vídeo em: http://tidia-ae.usp.br/video.
Mais informações sobre o Projeto Tidia Ae: www.tidia-ae.incubadora.fapesp.br

"The Times" digitalizou 200 anos de seu acervo

O periódico inglês "The Times" digitalizou 200 anos de seu acervo - de 1785, quando começou a circular, até 1985. Todo o material está online, com exceção do período entre 1º de dezembro de 1978 e 12 de novembro de 1979, quando o periódico não foi publicado. O plano é expandir o projeto, digitalizando também as edições de 1985 a 2005 do "Times" e as edições de 1822 a 2000 do "The Sunday Times". Nesta fase inicial, a oferta online está sendo gratuita, mas é preciso registrar-se. As páginas são vistas em sua tipografia original, há possibilidade de zoom e o leitor pode salvar os artigos que forem de seu interesse. As páginas, escaneadas na íntegra, foram divididas em artigos, fotos, anúncios, cartas para o editor, além de registros de nascimentos, casamentos e óbitos. A parte textual dos artigos foi indexada, permitindo que o arquivo inteiro seja encontrado por data e por palavra-chave. A finalização do projeto promete ser uma tarefa difícil em termos de volume de dados, pois as edições digitalizadas dos períodos mais recentes do "Times" vão consumir muito mais espaço em disco do que as mais antigas. Só os últimos 20 anos representam um conteúdo maior do que o dos 200 anos entre 1785 e 1985. O acervo digital (http://archive.timesonline.co.uk/tol/archive/ ) já contém cerca de 20 milhões de artigos, num total de 7,8 milhões de documentos únicos e mais de 35 milhões de imagens. Algumas das edições cujos originais em papel estavam danificados, mas que já estão em processo de restauração, ainda serão digitalizadas e incorporadas ao conteúdo online.

Fonte: O Globo online de 11/08/08.
http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2008/08/11/como_the_times_colocou_200_anos_de_arquivo_online-547672097.asp

Google lança um novo serviço na Internet

O site de buscas Google lançou um novo serviço para coleta de dados na Internet.
O Insights é um sistema capaz de fazer procuras por palavras determinadas, inclusive ao mesmo tempo, comparando-as e apresentando o resultado em estatísticas divididas por regiões geográficas, por tempo ou por categoria.
O Insights mostra, por exemplo, dados sobre as informações mais acessadas, com matérias, artigos, editais e outros conteúdos disponibilizados na Internet. É possível definir o período exato da busca, bem como saber quais os assuntos mais pesquisados por cada região.
Para utilizar a ferramenta, basta acessar: http://google.com/insights/search/.

Lilian Saldanha - Assessoria de Comunicação da Andifes

Nicholas Cop acredita que Second Life pode ser novo espaço para bibliotecas virtuais

O canadense Nicholas Cop, radicado no estado da Flórida, nos Estados Unidos, acredita que o ambiente virtual Second Life permitirá novas formas de acesso livre ao conhecimento e a processos de educação a distancia. Palestrante do 2º Seminário de Informação na Internet, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCT), Nicholas Cop, que é proprietário da Nicholas Cop Consulting, empresa que fornece orientações a entidades públicas ou privadas sobre bibliotecas, repositórios institucionais e tecnologias na Web 2.0, afirma que a criação de bibliotecas virtuais no Second Life pode simplificar o acesso dos usuários às informações do mundo inteiro, aproximar bibliotecários dos consumidores finais, automatizar e agilizar o atendimento e customizar os serviços prestados.
Doutor em Física Nuclear, Nicholas Cop diz que já existem várias iniciativas nos Estados Unidos de inserção de bibliotecas virtuais no Second Life. Nestas experiências, organizações sociais criam espaços interativos onde os usuários percorrem bibliotecas virtuais, caminhando entre prateleiras de e-books ou consultando terminais com links para respositórios digitais. A grande vantagem é que os usuários podem ter acesso livre a bancos de dados das bibliotecas virtuais criadas por todo o mundo sem sair de casa, com a ampliação do acesso ao universo de informações e aos livros digitais disponíveis.
Do mesmo modo, Nicholas Cop imagina a instalação de salas de aula virtuais onde cidadãos podem entrar no Second Life e assistir aulas virtuais com um professor virtual. Tanto o usuário quanto o professor estão, na verdade, em suas casas, mas a simulação da aula no mundo virtual pode reproduzir a situação de uma sala de aula real, com cadeiras, púlpitos e telas de projeção. "A interatividade e a aparência de realidade são totais. Os alunos vêem o professor, que por sua vez também pode falar diretamente para seus alunos", explica ele.
Nas bibliotecas, a mesma situação pode acontecer. Os usuários visualizam e conversam com os bibliotecários, embora tudo não passe de uma cena virtual. Toda a estrutura e a organização da biblioteca reproduz as instalações das bibliotecas reais. "Na verdade, o Second Life é mais uma ferramenta para viabilizar o acesso livre dos cidadãos ao conhecimento. Ainda não é a solução definitiva, mas pode ser uma bela experiência de como poderá ser o futuro do uso de bibliotecas".

Assessoria de Comunicação Social do IBICT
(61) 3217-6369
Fonte: IBICT (29/07/08)
http://www.ibict.br/noticia.php?id=523

Observatório do mundo acadêmico na internet

Começa a funcionar na próxima semana o projeto-piloto do Observatório daInclusão Educacional e Tecnologias Digitais, que oferecerá aos usuários dainternet, gratuitamente, acesso a conteúdos desenvolvidos pelas universidadespúblicas brasileiras. Os professores universitários também encontrarãocomodidade e um espaço ideal para publicar, on-line, o conteúdo de suaspáginas. Inicialmente, 15 universidades federais participam do Observatório, asde Brasília, Paraná, Rondônia, São Carlos (São Paulo), Minas Gerais, Mato Grossodo Sul, Pelotas e Santa Maria (Rio Grande do Sul), Goiás, Amazonas, Piauí,Amapá, Pará, Fluminense (Rio de Janeiro) e Rural do Rio de Janeiro.Na segunda-feira, dia 3, a Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) enviará,via internet, o kit de software a cada um dos técnicos selecionados pelasuniversidades para o cadastramento dos professores interessados em colocar seusconteúdos no projeto. O professor será cadastrado por meio do CPF e poderádeixar à disposição, em sua página virtual, ligada ao observatório, ocurrículo, jornais, cursos, artigos e livros. O projeto, também conhecido comoPortal Mundo Acadêmico, foi desenvolvido ao longo de dez anos pela Organizaçãodas Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e pela Universidadede Brasília em ambiente de testes. Agora, está sob o comando da SESu, emparceria com a Secretaria de Educação a Distância (Seed/MEC) e com a Unesco.O objetivo principal do observatório é apoiar ações de inclusão educacional quecontribuam para tornar acessíveis cursos, materiais didáticos, estudos epesquisas com o uso das tecnologias digitais. "Desenvolvemos umainfra-estrutura no projeto que permite ao professor criar sua página eadministrar os conteúdos", explicou Irla Bocianoski Rebelo, consultora da SESu.Aos usuários, o projeto oferece ferramentas de busca para localizar professores,
programas, disciplinas e conteúdos diversos. "O observatório propicia inclusãodigital. É uma alternativa para os professores que não têm infra-estrutura paraoferecer seus conteúdos na internet", disse Irla. "A infra-estrutura do projetoé de simples acesso e compreensão."Módulos - O projeto está dividido nos módulos Portal de Busca, Sistema dePublicação e Padrão de Indexação. O Portal de Busca oferece ao usuárioresultados de pesquisa de conteúdos desenvolvidos em instituições de educaçãosuperior. O Sistema de Publicação fornece infra-estrutura para que osprofessores criem páginas acadêmicas e tornem disponível, para acesso livre, aprodução de conhecimento em pesquisa, ensino e extensão, em experimentação enas aplicações das tecnologias da informação e da comunicação, com vistas àexcelência da aprendizagem e ao avanço na pesquisa de novas linguagens eprocedimentos metodológicos. O Padrão de Indexação permitirá às instituições deensino superior que já possuam sistemas de publicação tornar os conteúdosdisponíveis a partir do portal de busca.O observatório é desenvolvido de acordo com a política de software livreimplantada pelo governo. Assim, o código do portal de publicação será aberto àsociedade para a realização de adaptações que se façam necessárias. OMinistério da Educação abre oportunidades para a reformulação do sistema deacordo com as necessidades identificadas pela própria instituição.O acesso público já pode ser feito por qualquer interessado. Em maio próximo, oprojeto será lançado oficialmente pelo MEC.

Assessoria de Comunicação do MEC
Repórter: Susan Faria

RODA VIVA: a memória do programa na internet

Por Agência Fapesp em 17/6/2008

Reproduzido da Agência Fapesp, 17/6/2008

O Memória Roda Viva, um novo canal de pesquisa na internet, foi lançado na segunda-feira (16/6). O projeto tem como objeto o acervo do programa Roda Viva, da TV Cultura, e é voltado para estudantes, pesquisadores e o público em geral.Trata-se de uma iniciativa conjunta da Fundação Padre Anchieta e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), por meio de seu Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) e do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp). O projeto tem apoio da Fapesp por meio da modalidade de Auxílio a Pesquisa.Inicialmente, o site reúne o texto integral de mais de 200 entrevistas com personalidades de diversas áreas, entre os quais Ayrton Senna, Dom Paulo Evaristo Arns, Drauzio Varella, Elza Soares, Emerson Fittipaldi, Fernando Henrique Cardoso, Fidel Castro, Gianfrancesco Guarnieri, Grande Otelo, Luís Carlos Prestes, Nelson Piquet, Oscar Niemeyer, Patch Adams, Paulo Autran, Pedro Almodóvar, Plínio Marcos e Telê Santana."O site disponibiliza o conteúdo do Roda Viva em um fantástico instrumento de pesquisa, que permite o acesso e a consulta à história do programa por qualquer pessoa que tenha acesso à internet", disse Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta.Registro importanteO objetivo do site é oferecer o texto completo das mais de 1,2 mil entrevistas feitas em 21 anos de existência do programa. Aos textos são acrescidos vídeos com cerca de dois minutos que destacam parte da entrevista concedida ao programa e verbetes, ou seja, referências explicativas de termos, nomes e citações feitas pelos entrevistados.Um sistema de navegação simples permite que se encontre rapidamente uma determinada entrevista. Além disso, um mecanismo de busca por palavras-chave e a divisão por cinco grandes temas (Ciência, Cultura, Economia, Esportes e Política) facilita pesquisas mais específicas."A publicação das transcrições das entrevistas cria um registro importante na história recente, assegura sua preservação definitiva, possibilita acesso livre a todo o conteúdo e reconstrói o processo de formação da agenda pública brasileira nas duas últimas décadas, quando se deu a discussão das questões mais relevantes de nossa atualidade, bem como a sua continuidade futura", disse Carlos Vogt, secretário do Ensino Superior e coordenador do Labjor.

http://www.rodaviva.fapesp.br/

Enciclopédia Larousse na web

Desde 15 de maio de 2008 que a editora Larousse passou aoferecer o acesso à sua Enciclopédia Larousse na versão em linha [URL:http://www.larousse.fr/#]. Esta versão, lançada com certo atraso em relaçãoàs congêneres norte-americanas, pretende concorrer com a Wikipédia emfrancês [URL: http://fr.wikipedia.org/wiki/Accueil], que, em seis de junhode 2008, contava com 667.967 verbetes na língua francesa. Similar ao trabalho cooperativo da Wikipédia, construída ealimentada por milhares de usuários colaboradores, a nova Larousse pretendeoferecer algo inovador: passou a disponibilizar, de forma gratuita e emlinha, o conteúdo da enciclopédia da antiga edição impressa. Isto, de fato,é uma novidade, pois disponibiliza conteúdos já "testados e verificados"pelos inúmeros colaboradores da edição tradicional. Na Wikipédia ascolaborações são anônimas, podendo levar a possíveis erros e/ou omissões nosverbetes. Ao passo que, na nova Larousse os colaboradores terão que fazerinscrição para poderem enviar as suas contribuições que serão avaliadas porum comitê editorial composto por especialistas antes de serem publicadas emlinha. Assim, a editora francesa passou a utilizar uma metodologia híbridade aproveitar os cerca de 170 mil verbetes antigos e possibilitar acolaboração voluntária dos internautas. Com essa ação pioneira da Larousse cabe aqui uma indagação: seráque este será o caminho a ser seguido pelas enciclopédias tradicionaisgeralmente publicadas no formato impresso? É sabido que no formato impresso
as edições de enciclopédias, geralmente com 20 ou mais volumes, tinham umciclo de vida em torno de 10 anos. É claro que, em pouco tempo, elas ficavamcom muitos verbetes obsoletos - mesmo com as atualizações por meio dos"Livros do Ano". Parece que uma nova página está sendo virada na longa históriadas enciclopédias. Espera-se que ela possa trazer para o leitor (agora, nociberespaço, um internauta), amplas facilidades de acesso e conteúdos dequalidade e maior atualidade.

Murilo Cunha

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Capes aumenta acervo do Portal Periódicos

Periodicamente correm pela internet boatos de que o Portal Periódicos do Capes será fechado por falta de leitores. Trata-se de mais uma lenda urbana, que ganha força no mundo virtual, entre e-mails e abaixo-assinados. Pelo contrário, o Capes acaba de fazer um balanço de suas inclusões: entre 2003 e 2008, foram 10,2 mil novos títulos no Portal Brasileiro de Revistas Científicas. Oferecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), o Portal permite pesquisas sobre toda a produção científica atualizada do mundo. O Portal foi criado para democratizar o acesso à informação no meio acadêmico-científico, e atende, atualmente, 194 instituições brasileiras. Foram feitas novas assinaturas para o Portal com novos conteúdos importantes para suas pesquisas. São 222 títulos de periódicos da Coleção JSTOR – Art & Sciences Collection.
ABER (17 setembro)

Google indexa áudio em buscas

Felipe Zmoginski, do Plantão INFO
Sexta-feira, 19 de setembro de 2008 - 11h09


SÃO PAULO - O Google estreou um novo recurso de busca que analisa o áudio de vídeos postados no YouTube.
Apelidado de Gaudi, o Google Audio Indexing usa uma tecnologia que analisa as palavras ditas ao longo de um vídeo e as registra numa base de dados.
Assim, quando o usuário faz uma busca por um termo ou uma expressão, pode encontrar os vídeos em que estes termos são ditos e em que momento da gravação são proferidos.
Se o usuário deseja encontrar, por exemplo, uma declaração mais forte ao longo de um vídeo de muitos minutos, pode encontrar exatamente o momento em que tal declaração é dita, fazendo uma busca pela expressão.
Atualmente, o Gaudi só lê vídeos postados no canal de política do Google e no idioma inglês. Com o tempo, o Google pretende ampliar o uso da tecnologia em sua modesta missão de organizar a informação de toda a internet.

Fonte: http://info.abril.com.br/aberto/infonews/092008/19092008-7.shl

Treinamentos SeABD Online